Em um ambiente corporativo cada vez mais volátil, adotar uma postura proativa na identificação e mitigação de riscos é essencial para a sustentabilidade dos negócios. A gestão ativa de riscos vai além de reagir a problemas: ela busca antecipar ameaças e aproveitar oportunidades de forma estruturada.
A gestão ativa de riscos é uma abordagem que envolve monitoramento constante e análise de dados para agir antes que os riscos se materializem. Baseada nos princípios da ISO 31000, essa metodologia enfatiza o registro, a comunicação e o acompanhamento contínuo de riscos em todos os níveis organizacionais.
Em vez de aguardar eventos adversos, as equipes antecipam cenários críticos, definindo processos claros de resposta e promovendo melhorias contínuas dos processos internos.
Para implementar a gestão ativa de riscos de forma eficaz, é preciso seguir um fluxo bem definido, com responsabilidades alinhadas entre as áreas:
Empresas enfrentam diversas categorias de risco, que devem ser avaliadas de forma integrada:
Embora ambas as abordagens tenham seus méritos, a escolha entre ativa e passiva depende dos objetivos estratégicos e do perfil de risco da organização.
Ao adotar a gestão ativa de riscos, as empresas podem:
No entanto, o modelo também apresenta desafios significativos. É necessário investimento em tecnologia, equipes qualificadas e a manutenção de processos contínuos de análise. Dados da Morningstar indicam que apenas 25% dos gestores ativos dos EUA superam consistentemente o S&P 500 em horizontes de longo prazo.
Softwares especializados permitem automatizar tarefas e gerar relatórios em conformidade com padrões internacionais, como:
• Qualyteam Gestão de Riscos: oferece controle automatizado de riscos e alertas em tempo real.
• Sistema AGIR (Ministério da Justiça): plataforma de gestão de integridade para órgãos públicos.
Essas soluções garantem eficiência no monitoramento e facilitam a comunicação entre os diversos níveis hierárquicos.
Para que a gestão ativa seja efetiva, é fundamental criar uma cultura de riscos, com engajamento da alta direção e clareza nas responsabilidades. Entre as boas práticas destacam-se:
Empresas que investem em gestão ativa relatam ganhos expressivos. No setor financeiro, por exemplo, fundos que aplicam análise dinâmica de portfólio conseguem ajustar posições em frações de segundos diante de flutuações de mercado.
Em setores regulados, como telecomunicações e energia, a adoção de controles internos robustos reduziu em até 40% o número de não-conformidades em auditorias anuais.
Para começar, reúna um comitê multidisciplinar e defina:
1. Metas claras de curto, médio e longo prazo.
2. Ferramentas de monitoramento e indicadores de desempenho.
3. Processos de comunicação ágeis entre as áreas.
Em seguida, pilote o modelo em um departamento, avalie resultados e escale gradualmente para toda a organização.
Cada etapa deve ser documentada, garantindo transparência e governança para os stakeholders. Assim, será possível não apenas reagir a ameaças, mas também criar valor sustentável e competitivo.
Referências